Dieta à Sua Medida no Sapo Lifestyle

Não uma, nem duas ou três, mas quatro dietas num mesmo livro. Isto, sem margem para enganos ou confusões. A nutricionista Maria João Nogueira, partiu da sua prática clínica, para nos propor um livro de dietas com propostas diversas e motivadoras que de adaptam ao ritmo e gosto de cada individuo. Como nos diz em entrevista, uma alternativa honesta e uma nova abordagem face aos regimes alimentares de perda de peso.
 

E aqui entra o fator motivacional. A motivação é muito importante quando falamos em obter bons resultados com uma dieta, concorda?

Dou-lhe um número: 98% das noivas conseguem atingir os seus objetivos na perda de peso. Porquê? A resposta é óbvia, estão extremamente motivadas. A alimentação, nutrição e emoções estão muito interligadas. Festejamos com um bolo, não com uma corrida. Mais tarde, quando pretendemos reverter a situação, ou seja perder peso e mantê-lo, concluímos que a dieta mais eficaz não é aquela onde se perdem quilos rapidamente. Por isso é que esta é uma realidade difícil. Temos de comer bem e de forma prazerosa. E, uma vez mais, não podemos generalizar. Às minhas consultas chegam pessoas muito motivadas e não voltam e, outras, desanimadas, acabam por ascender a grandes conquistas na perda de peso.

Comer saudável, tendendo à perda de peso, não implica necessariamente abdicar do prazer à mesa.

Sim e no meu livro procuro facilitar a vida às pessoas com as receitas. Isto porque muita gente se queixa de não ter imaginação para mudar a dieta. Aqui proponho dezenas de receitas saudáveis, agradáveis a apetitosas.

 

“98% das noivas consegue perder peso. Porquê? Estão motivadas”

 

O que é o peso ideal?

É muito subjetivo, depende de pessoa para pessoa. Diria, um peso dentro do Índice de Massa Corporal, o que nos confere um intervalo bastante alargado. Um peso que seja razoável, atendendo, por exemplo, ao peso que o individuo teve quando era mais novo. Mais, um peso adequado à estrutura óssea, à massa muscula, ao exercício físico que pratica. Isto nota-se muito nas camadas mais jovens, que seguem modelos de beleza. Estes podem não se adequar à estrutura corporal de uma dada pessoa. Mais uma vez, estamos perante uma questão de bom senso. Olhar para a fórmula do peso ideal e para aquilo que é exequível para cada pessoa. Mais do que questões estéticas, há que ter em atenção a saúde.

Em grande medida manter um peso controlado para além de uma dieta equilibrada passa por alterar hábitos de vida. Concorda?

Hoje em dia com a oferta abundante de alimentos hipercalóricos há que ter cuidado. Os portugueses estão a comer cada vez pior e vemos isso nas camadas mais jovens, com a ingestão de calorias em excesso e más calorias. As nossas crianças estão a comer pior do que as gerações anteriores. A nossa dieta está a aproximar-se muito do modelo norte-americano. A comida que faz pior é a mais barata e facilmente acessível. Tudo isto tem o reverso da medalha, os miúdos engordam e encontramos crianças e adolescentes com doenças que associamos aos adultos, como a diabetes tipo 2 e colesterol elevado. Mais uma vez estamos perante uma questão de informação e esclarecimento.

Proponho-lhe indicar quais são os cinco principais erros alimentares que cometemos.

Comer muito pão branco, não comer legumes às principais refeições, não ingerir sopas, saltar o pequeno-almoço ou fazê-lo sem fibras e com muito açúcar. Juntar açúcar ao leite, ou mesmo ao café. O excesso de enchidos e de álcool. E com isto já superei os cinco erros. Acresce a vida sedentária. As pessoas mexem-se pouco o que acaba por ser um grave problema. Comemos mais e mexemo-nos menos. É o caminho para o desastre. O problema, muitas vezes, é a vida rápida que levamos. Não encontramos vegetais frescos próximo de casa e resta-nos pouco tempo para cozinhar. Nestas circunstâncias espreita a comida rápida. Só quando degradamos a nossa saúde percebemos o bem que perdemos.

Não resisto perguntar-lhe: que conclusões tirou do seu mestrado que versou sobre a “Intolerância à Lactose”?

Está estimado que 40% da população é intolerante à lactose. O normal é, à medida que crescemos, perdermos a capacidade de digerir o leite. No entanto houve uma evolução genética, principalmente no Norte da Europa. Os enzimas que nos ajudam a digerir a lactose mantêm-se em idade adulta. A tese do meu mestrado incidia no sentido de saber se há uma diminuição no consumo de cálcio quando a pessoa descobre que é intolerante à lactose e diminui o consumo de leite e derivados. Sim, mas tem de haver substitutos e vamos encontrá-los nos legumes verdes, nos peixes. Se não houver a intolerância, então não há a necessidade de retirar o leite. Aliás, na nossa gastronomia temos muitos pratos e típicos e produtos regionais que contêm leite, as sobremesas, os queijos.

 

“98% das noivas consegue perder peso. Porquê? Estão motivadas”

Publicado em 21 Fevereiro 2017

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