A Muralha de Gelo - Crítica no Menina dos Policiais

Depois de ter ficado fascinada com A Guerra dos Tronos, o primeiro volume da saga As Crónicas de Gelo e Fogo (na realidade, A Muralha de Gelo corresponde à segunda parte da edição original) rapidamente comprei os que me faltavam, tendo completado a minha colecção.

George R. R. Martin é sem dúvida, um autor a seguir e conquistou-me, apesar das suas obras pertencerem a um género que normalmente me passa ao lado: o fantástico. Se o primeiro livro contemplava a existência de lobos gigantes, em A Muralha de Gelo, logo na recta final, há um acontecimento que coloca em perspectiva este género. Falo claro, da eclosão dos ovos dos dragões que se julgavam ser uma lenda. 
 
Gostei do facto deste volume ter ido mais além do primeiro. Como me tinha expressado na opinião da Guerra dos Tronos, denotei que foi um volume de introdução, sem grandes adiamentos no destino das personagens. E em A Muralha de Gelo começa a haver um bodycount, que influenciará o resto da saga em termos de destinos das personagens. Por isso caro leitor, deixo um conselho: se gosta demasiado de uma personagem, espere o pior! 
A distinção entre os vilões e heróis encontra-se lá mas o triste fado pode abater-se sobre personagens do bem como do mal. Apesar de contemplar algumas mortes, penso que o autor as descreve muito graciosamente. Sem querer referir o episódio, até porque não gosto de todo fazer spoilers, há uma decapitação de uma personagem, sem que este acto vil esteja explícito. Para muitos, os que principalmente desconhecem a série, tal evento constitui uma verdadeira e cruel surpresa.
 
Como afirmei, uma das vantagens que vejo como telespectadora da série, foi a forma como interiorizei aquelas centenas de personagens da saga. No primeiro livro, no anexo constava de uma árvore genealógico para as famílias, informação que não é prestada no presente livro e que seria igualmente útil, apesar de à priori parecer repetitiva.
 
Assumo que, da família Lannister, Continuo a simpatizar muito com o duende Tyrion, personagem que destoa dos restantes elementos familiares e cujas observações têm tanto de sabedoria como de humor.
Embora deva confessar que a minha personagem preferida é mesmo Daenerys Targaryen, uma das protagonistas que tem vindo a tornar-se cada vez mais forte. A rapariga, ingénua que vivia quase como condicionada pelas ordens do irmão Viserys, é agora ambiciosa e determinada, como o seu título de nascimento o afirmava, Daenerys nascida da Tormenta.
 
Escrito da mesma forma que o livro anterior, cujos capítulos se destinam a cada personagem, foi importante para manter o leitor informado de situações que ocorriam paralelamente. O discurso, feito na primeira pessoa, não é muito usual sobretudo quando a acção se multiplica pelos vários protagonistas e cenários.
 
Penso que se avizinha uma excelente saga! Uma obra épica que não se cinge ao fantástico, abordando uma variedade de subtemáticas tão típicas da era medieval como a intriga e conspiração nas cortes.
A qualidade da escrita do autor, em acréscimo às histórias, fascinantes, são ingredientes para uma saga que me conquistou! A continuar, sem margem para dúvidas, pois sei que ainda vem mais e até melhor! Até Março de 2014, altura em que está prevista a quarta temporada, os livros d´As Crónicas de Gelo e Fogo serão o meu vício!
Publicado em 3 Janeiro 2014

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