A Relíquia - Crítica no Menina dos Policiais

A Relíquia é o primeiro livro da série protagonizada por Pendergast, uma personagem carismática no universo das tramas da dupla Preston e Child. É uma série que já conhecia pois já li alguns livros protagonizados por Pendergast e D´Agosta. Com excepção da trilogia Diogenes, os casos são completamente independentes. Também sei que estas histórias pertencem ao género do thriller ou até policial uma vez que a dupla de protagonistas investigam um ou mais homicídios, por vezes num contexto sobrenatural, embora de resolução racional.

Há excepção: A Relíquia. O livro relaciona-se mais com os géneros fantástico e terror, por isso descredibiliza qualquer explicação lógica.
Ainda assim, ocorrem inúmeros homicídios (e atenção que Douglas Preston e Lincoln Child não se coíbem nos pormenores violentos e circunstâncias em que ocorrem estas estranhas mortes), pelo que o livro se torna bastante intrigante.
 
Outro ingrediente que me agradou particularmente neste livro foi o cenário. Grande parte da acção tem lugar no museu de História Natural em Nova Iorque, um local que efectivamente existe e que tem um efeito de realismo na história. Claro que esta é ficcionada. Apenas devo admitir que fiquei um pouco baralhada com tantas passagens secretas subterrâneas por baixo do museu. Talvez se tivessem inserido um croqui, como tantos autores o fazem, simplificaria a ideia dos espaços físicos onde ocorrem a acção.
Ainda assim, para quem aprecia os museus como eu, acaba por ser estimulante ler uma história em que contextualize a rotina destes pontos de interesse.
Falando ainda no outro ingrediente que constatara noutras tramas destes autores, é a forma como eles usam a Ciência, fornecendo bases verossímeis em que assenta a história. Sim, achei as explicações científicas algo abundantes e bem explanadas mas eu sou aficionada pela Ciência e sou suspeita, gostei bastante dessas passagens. Por isso os amantes da genética e da antropologia sentir-se-ão particularmente fascinados com a trama.
 
Já conhecia as personagens Pendergast e D´Agosta. Pendergast, que costuma ter um humor negro e julgo ser uma personagem sarcástica, não mostrou esta característica no presente livro. De cariz mais sério, Pendergast é, ainda assim, uma personagem cativante. Emparelha com D´Agosta e já neste primeiro volume se sente a empatia do seu trabalho conjunto.
Margo Green, a antropóloga que participa noutras tramas dos autores, também tem um papel de destaque em A Relíquia, uma vez que trabalha neste museu.
 
A Reliquia está ao nível das grandes obras de terror de Stephen King. Um livro que oferece duas personagens cativantes, uma dose abundante de acção, terror e explicações científicas bem interessantes. Uma leitura que acaba por fugir aos parâmetros do que costumo ler e por isso, gostei bastante!
Publicado em 6 Junho 2014

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