A Vingança do Assassino - Crítica no blogue Ler y Criticar

Após o inesperado final do livro anterior, muitas questões ficaram no ar sobre como seria agora o futuro da saga.
Este livro começa muito bem, com Fitz a apresentar uma personalidade mista (que tentarei não revelar) e que nos leva a conhecer melhor certos aspectos que até agora a autora ainda não aprofundara na história. Este livro é, sem qualquer dúvida, uma aprendizagem para a personagem principal mas também para o leitor, que terá a oportunidade de aumentar o seu conhecimento sobre o Talento, Manha e culturas exteriores a Torre de Cervo.

Ao contrário do livro anterior, neste o ritmo apresenta-se baixo, sendo mais um livro de introspecção do que acção. Esta baixa de ritmo era esperada, primeiro porque seria difícil manter o elevado ritmo do anterior, mas também porque após aquele final, a autora teria de "dar uma volta" ao desenrolar da história, pois as bases que tínhamos até agora desaparecem, acabando com a rotina de Fitz e do próprio mundo. Tudo está diferente.

Este é um livro totalmente centrado em Fitz, tornando-se o momento ideal para o conhecermos melhor enquanto a personagem se conhece a ela própria, tornando o livro solitário e emotivo. A escrita da autora mantém-se fiel, raramente monótona (apenas um ou dois momentos me pareceram algo arrastados), e apesar de este se apresentar como o livro menos viciante, continua a agarrar o leitor muito graças à viagem de Fitz.
Esta viagem de Fitz não tem muita lógica, mas também quem a teria após passar o que este rapaz passou? Quantos de nós não nos guiaríamos pelo ilógico e sedente desejo de vingança? No entanto este livro vem confirmar a sensação do anterior: Fitz anda à deriva, com uma mente partida e quase sempre com tendência para a destruição, deixando uma enorme vontade de ler o último livro.

Um dos aspectos que mais gostei foi a viagem, mostrando outras culturas, novas personagens e sentindo a necessidade de sobrevivência da personagem, acompanhado ou sozinho, sem conhecimento da vida dos que ama, preso à ignorância que o rodeia. É verdade que Hobb não nos presenteia com um mundo rico em culturas, mas o seu mundo é consistente, diversificado e assenta bem, sem sentirmos factos forçados.
Devo ainda mencionar, que apesar de quase não aparecer, Breu tem momentos marcantes, onde revela muito da sua personalidade que esteve escondida nos livros anteriores, e gostei bastante desta surpresa. Infelizmente outras personagens ficaram fora do livro, mas perfeitamente compreensível.

Falar sobre este livro sem revelar nada é difícil, mas é óbvio que estas páginas são o preparar da personagem para o fim da história. Fitz cresce, evolui e desvenda alguns segredos mas deixando ainda mais questões em aberto. Tal como na maioria das sagas, este livro é o mais lento, essencialmente porque prepara um (espero eu) momento final arrebatador. A questão é: entre Navios Vermelhos, Manha, Majestoso, Antigos, Fitz, Bobo e muitas outras questões, conseguirá Hobb responder a tudo no livro final?

Opinião ao último livro para breve!

Publicado em 8 Outubro 2012

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