Acácia O Povo das Crianças Divinas - Crítica no blogue As Leituras do Fiacha

Como já referi nos volumes anteriores não estamos na presença de uma saga completamente arrebatadora e que traga algo de novo ao género fantástico, mas ainda assim e dado a complexidade de intrigas e jogos de poder torna-se uma leitura bastante agradável e que recomendo a quem goste de Fantasia. 
Correspondendo este livro ao final do 2º volume na sua versão original, preparando o final da saga, acaba por ser um livro repleto de acontecimentos e que nos clarifica determinados aspetos que fazem antever um final de saga verdadeiramente bem conseguido. 
No entanto existem aspetos que não me agradaram muito, ou seja, que considero dispensáveis, nomeadamente a utilização de demasiados elementos fantásticos como é o caso em que, no final do volume, uma personagem faz renascer outra que já estava morta. Será que havia necessidade disso ? Claro que pode vir a tornar-se uma mais valia para o enredo, mas terá que ser muito bem gerido para que fique bem conseguido. 
O príncipe Dariel, que se encontra preso das Crianças Livres, acaba por ter um crescimento enorme neste livro e espero que o acaso lhe venha a dar uma nova oportunidade para se vingar de quem tanto odeia, os sempre misteriosos membros da Liga do Navio (adoro tudo o que envolve estas personagens, sem duvida uma das mais valias do enredo, quer se goste ou não deles). Vamos ver qual o papel que terá no final disto tudo. 
A Rainha Corinn acaba por manter a qualidade, enfrentando mais obstáculos na sua governação, estando cada vez mais dependente da magia para se poder manter no trono, embora sem perceber as consequências da sua utilização. Ainda assim tem potencial para ser uma das vencedoras do que ai vem, mas corre sérios riscos sem dúvida. 
A princesa Mena, tornou-se mais responsável e calma muito graças à sua companheira Elya, embora coragem é algo que não lhe falte e poderá ter um papel determinante. 
É óbvio que existem muitas mais personagens interessantes, como é o caso de Shen, mas não quero estar aqui a desenvolver muito mais até para não cair na tentação de revelar pormenores importantes. 
Sendo a escrita uma das mais valias desta saga, com um ritmo que nos deixa completamente presos, repleto de ação, mistérios e dúvidas que nos fazem querer avançar mais e mais na leitura, penso que acaba por ser o melhor livro até ao momento, muito pela empatia que acabamos por criar com as personagens. A tudo isto acresce que algo de verdadeiramente perigoso se aproxima de Acácia como nunca antes visto, o que nos deixa com imensa vontade de ler os livros seguintes da serie. 
Um aspeto negativo que tenho apontar (e não querendo tornar-me repetitivo) deve-se à divisão dos livros. Acho esta divisão desnecessária tendo em conta o volume dos mesmos, até porque, este livro acaba na página 300 já com agradecimentos e mapa incluído e termina com a inserção de mais dois capítulos de outro livro, o que acaba por não ajudar muito para que se venda bem, até porque, acresce custos da publicação, ainda que, a ideia seja deixar o leitor curioso pela leitura seguinte. Outro aspeto negativo, é de que, continuam a aparecer alguns erros e gralhas, pelo que, é uma situação a considerar pela Editora devendo obrigar uma melhor revisão do conteúdo dos livros. Ainda que, não seja determinante para uma boa leitura, pode influenciar a sua compreensão ou até mesmo interromper o seu ritmo ou agrado. 
Para finalizar, sem dúvida que estamos na presença de um escritor talentoso.
Publicado em 20 Setembro 2013

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