Acácia - Ventos do Norte - Crítica no blogue Segredo dos Livros
Eu estava muito curiosa em relação a este livro, pois já tinha lido algumas opiniões e a sinopse ajudou bastante para querer lê-lo. No entanto, não fiquei perdida de amores nas primeiras páginas, e uma coisa que me chateava um pouco era o facto de os capítulos serem pequenos. Mas, à medida que a história avançava e se ia desenvolvendo, comecei a gostar mais e posso dizer que fiquei um pouco curiosa com o que aí vem nos próximos livros. Leodan Akaran, rei do chamado Mundo Conhecido, vive na paz que foi conquistada pelos seus antepassados, governando o reino a partir da ilha de Acácia. Para proteger os seus filhos, oculta-lhes a realidade sobre a paz, envolvendo tráfego de humanos e de droga, que ele mesmo descobriu quando era mais novo e, apesar dos seus esforços para mudar a situação, percebeu que, apesar de ser rei, nunca poderia mudar essa triste realidade. É então, no meio de uma promessa de se escapar a uma festa para ir brincar na neve com os filhos, que é atacado por um assassino enviado para o matar. Acho que a partir daqui é que a história ganha realmente vida.
Leodan consegue então colocar em acção um plano que já tinha pensado e que esperava o momento certa para pôr em prática. Confesso que o desenvolvimento da história, por vezes, não era o melhor. Falo, por exemplo, nas páginas anteriores à grande batalha, que deixam o leitor com altas expectativas e depois a batalha em si não é nada por aí além. Gostei da diversidade de povos que este Mundo conhecido tem e que o autor nos mostra, com uma grande variação no que toca à sua cultura, língua e religião, tal como alguns cenários apresentados, muito parecidos com os impérios da nossa História Antiga. Tratando-se este de um volume introdutório, creio que as personagens principais ainda estão envolvidas num mistério que acredito que me vai surpreender no futuro. Em geral, até é um livro que se lê bem, não foi daqueles que me prenderam muito, mas é, de certeza, uma saga que vou tentar seguir.