Acácia - Vozes da Profecia - Crítica em Uma Biblioteca em Construção

Ler o último livro de uma série que nos conquistou é algo que é sempre feito com muito expectativa, mas também nostalgia. Ao mesmo tempo que se fica a conhecer o desfecho de uma história, existe uma sensação de despedida. Foi isso mesmo que senti com Acácia - Vozes da Profecia. A cada capítulo senti que estava mais perto de dizer adeus a todas as pesonagens que me cativaram, mas desejava muito saber que destino David Anthony Durham lhes reservava.

Este volume é a segunda metade do último livro original. Como tal, senti que estava a cair no meio de uma história quando o comecei a ler. Já tinha lido a primeira metade, Acácia - A União Sagrada, há cerca de oito meses, por isso tive que recordar em que ponto da acção a leitura tinha parado. Este exercício fez com que o início começasse de uma forma lenta e senti que não consegui apreciar totalmente as primeiras páginas. Isto porque a leitura continuava exatamente no ponto onde o outro livro tinha terminado, mas, na minha cabeça, tal tinha acontecido há mais tempo. Este não é um problema que surge devido à escrita do autor, mas sim por causa da decisão de dividir livros originais e de não os ler de seguida.

Já disse em opiniões anteriores que Corinn foi uma das personagens que mais me interessou e cujos capítulos mais me entusiasmaram. Não estou com isto a dizer que concordo com todas as suas ações e atitudes, mas sim que gostei bastante dos seus dilemas e personalidade. O desfecho desta figura foi bem conseguido, e conseguiu juntar tristeza, redenção e amor. O outro irmão Akaran que está entre os meus preferidos é Dariel. Gostei do desenvolvimento dele até aqui, mas penso que neste livro ele já teria pouco a desenvolver. Mena não deixa de ser curiosa, mas acaba por ser a Akaran mais prevísivel. O mais entusiasmante não é propriamente Mena, mas sim o que acontece em seu redor.

Existe uma outra figura cujo nome não quero mencionar, que acabou por ter um papel crucial no desenrolar desta narrativa. É curioso verificar que ele surge quase como um messias, um salvador, fazendo pensar até que ponto é que o autor se baseou na religião cristã para o construir. O seu desfecho também acaba por ser feito num ato de amor pelos outros, e proporciona um momento muito bonito.

O desenrolar da ação é intenso, mas gostaria de ter visto um final mais desenvolvido. A conclusão faz sentido, mas depois de tanto tempo a acompanhar a família Akaran, queria saber mais sobre o que aconteceu após o grande conflito. O autor diz-nos quais foram as decisões de cada uma das figuras, mas ficou a saber a pouco. Faz sentido, mas não é suficiente. Felizmente as últimas páginas têm um momento divertido que nos faz largar o livro com um sorriso.

Aproveito ainda para enaltecer que, apesar de não concordar com a decisão de dividir os volumes originais, gostei muito do que a Saída de Emergência fez com as capas destes livros.

E assim termina a saga "Acácia". É uma história que aconselho a todos os fãs de fantasia por estar bem construída, ser emocionante, ter personagens complexas, uma trama intrigante e conceitos novos que são apelativos e convincentes.

Publicado em 7 Agosto 2015

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