Diário de uma Obsessão - Crítica no D311nh4
Que livro!
Senti-me seguida, senti-me sufocada, senti-me na pele de Clarissa e experienciei o pânico dela em não saber o que fazer para resolver esta situação.
É que este problema pode acontecer a qualquer um de nós, ter alguém obcecado, sem qualquer noção da realidade, desprovido de qualquer orgulho a seguir os nossos passos como se fosse a coisa mais natural do mundo, a exigir amor em troca de presentes que insistimos não querer.
E a justiça? Quando é que é transposta a linha que lhe permite agir? Que ações tem de tomar o predador para ser detido? Até que ponto é que ele ficará longe da vítima? Serão suficientes advertências vãs, esperando que um doente perigoso irá cumprir?
Um livro para refletir, para incutir no povo uma necessidade de atenção para com os nossos próximos, pois podem estar a viver sob circunstâncias semelhantes e o nosso testemunho poderá salvar-lhes a vida.
Para além desta temática universal, o livro acaba por seguir o seu próprio enredo, focado na vida de Clarissa e nas suas vivências pessoais. Não tem um desenvolvimento fácil e não satisfará os mais românticos. No entanto, os que são mais adeptos de histórias palpáveis e muito realistas, será um livro que trará imenso prazer.
Eu gostei muito e já o recomendei.