Dragões de Um Alvorecer de Primavera - Crítica no Leituras do Fiacha

Nos comentários aos livros anteriores já referi quais as qualidades que a saga apresenta, mesmo não sendo uma obra prima, não trazendo nada de novo ao universo da fantasia, ainda assim considero ser uma boa aposta e ideal para quem goste de fantasia. 
Para quem já leu estes livros há imenso tempo, é com um sorriso e uma certa nostalgia, que os vêem novamente publicados, é verdade que, atualmente e depois de já lerem muitas outras obras e escritores como George Martin, Robert Jordan, Tolkien, ou mesmo outros livros de FC, onde os universos são seguramente muito mais profundos complexos e adultos, não os voltariam a comprar e acredito que achem estes livros mais juvenis. 
Ainda assim, penso que é uma boa aposta pois se Eragon de Paolini ou mesmo Harry Potter conseguiu colocar tanta gente a ler, porque não Dragonlance ? Então a nível de MAGIA esta saga, e após este primeiro ciclo, acredito que ainda tenha muito a dar. Apenas me parece que o momento escolhido para publicarem a trilogia não foi o mais adequado, pois anda mesmo ai uma crise de venda de livros (falo sem saber números, mas é um palpite). Se tivesse sido publicado mais cedo e poder-se-ia ter tornado um caso sério de popularidade, algo que já teve em outros tempos. 
Quanto ao livro em si e que concluí esta primeira fase, foi o livro que mais gostei, mais negro, com crueldade e acima de tudo com um ritmo de leitura altamente viciante. Aliás penso que uma das mais-valias do livro é mesmo a escrita, consigo ler mais rápido esta saga que os livros de George Martin, não tem quebras, sempre de aventura em aventura, não querendo dizer com isto que não nos seja introduzida muita informação importante para percebermos determinados povos, momentos da história de Krynn, conhecermos melhor determinados personagens "chave" do enredo, o que está em jogo no enredo, as motivações, objetivos dos vilões e por ai fora. É uma trilogia muito equilibrada e coerente, mesmo tendo um ritmo de leitura alucinante. 
Quanto a personagens, foram introduzidas mais algumas ao enredo de uma forma bastante positiva, figuras misteriosas, sobre as quais acabamos por querer saber sempre mais e mais. Devo dizer que gostei dos vilões apresentados, ainda assim e mesmo tendo gostado de imensas é Raistlin a minha personagem preferida, alias até já tinha explicado o porquê, mas quanto mais o conhecemos mais o vamos admirando. Temos um final de trilogia que para quem a ler independentemente fica devidamente satisfeito, mas que nota claramente que a MAGIA ainda vai ser muito explorada e é sem dúvida aquilo que mais me agradou na trilogia toda. Aliás, assim “a quente” não me recordo de ver algum livro ou saga onde esta tenha sido tão bem explorada e acredito que ainda nem vimos nem metade do que tem para dar, Potter não de certeza, embora admire os seus livros, GED da saga Terramar da Úrsula le Guin, foi giro mas não tem a profundeza do que aqui nos apresenta, em O Mago de Feist, está lá perto, talvez a manha e o talento nos livros da Robin Hobb, mas ainda assim gosto mais do que aqui é apresentado. 
Nota positiva para o trabalho de revisão, não encontrei nem uma falha e numa opinião muito pessoal, as capas não favorecem os livros, ok associar aos do Martin tudo bem, mas os bonecos ? Se colocassem uma figura, como a apresentada no Duna para Raistlin, por exemplo, ficariam muito mais apelativas.
Trilogia com uma leitura alucinante, com personagens cativantes, muita aventura, mistérios, momentos divertidos e demandas por percorrer e não sendo nada de inovador, nem com a profundidade de Martin, foi uma trilogia que me agradou bastante, logo só posso recomendar a todos que gostem de um bom livro de fantasia. 
Venha a saga seguinte o mais rápido possível.
Publicado em 25 Outubro 2013

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