E Se... ? - Que bom que perguntaram!

Que bom que perguntaram!

Enquanto lecionava física a alunos do secundário há cerca de 5 anos no Massachusetts Institute of Technology – MIT, Randall Munroe poderia facilmente dizer que o público não se sentia propriamente atraído pelo que ele estava a ensinar. Munroe tentava explicar os conceitos abstrusos de energia potencial e potência.

Assim, a meio da apresentação para um público deveras aborrecido, Munroe muda o tom inserindo “A Guerra das Estrelas” na conversa: “Pensei na cena de O Império Contra-Ataca quando o Yoda eleva o X-wing do pântano, e pareceu-me um bom exemplo.”

Em vez de definições abstratas (um objeto movido para cima ganha energia potencial porque irá acelerar se deixado cair; a potência é assim a taxa de variação de energia), Munroe pergunta: “Que quantidade de potência da Força poderá despender Yoda?”

“Assim fiz um cálculo rápido do voo na sala de aula, assim como o efeito que provocaria em seu redor a partir das medidas das coisas no cenário… magicamente, a atenção de todos redobrou e tinha todos interessados no que dizia.”

 

Física?! Que seca…

Para a maioria das pessoas, a física não tem nada de interessante. “No fundo, as ferramentas de cálculo só se tornam interessantes se aquilo em que as estás a usar é interessante.” De imediato os estudantes começaram a colocar mais questões: “E sobre o final de O Senhor dos Anéis, quando o olho de Sauron explode… isso corresponde a que quantidade de energia?”

Esta experiência influenciou Randall Munroe a responder a perguntas similares aos seus leitores da XKCD – e daqui surgiu o livro E se…?, que tem sido um bestseller de não-ficção desde que foi publicado em setembro de 2014.

“Exercita a imaginação e as suas piadas sérias são carismáticas”, elogia William Sanford Nye, mais conhecido como “Bill Nye the Science Guy” que partilhou o palco com Munroe na Comic Con de Nova Iorque: “Ele cria, à falta de melhor termo, cenários absurdos, mas são muito educativos.”

As explicações são acompanhadas pelos desenhos simples e o humor intelectual que tornaram a XKCD popular (aliás, o que significa XKCD? Não significa nada. O site da BD explica apenas “É só uma palavra sem fonética possível.”)

Publicado em 26 Fevereiro 2015

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