"Florbela, Apeles e Eu" de Vicente Alves do Ó, um ciclo que se encerra?

Foi apresentado na tarde de ontem, numa livraria de Lisboa, "Florbela, Apeles e Eu" de Vicente Alves do Ó, um despir de alma de um realizador que despiu a alma da poeta.

Numa sessão com a pequena sala da Bertrand ao Chiado completamente cheia, Vicente Alves do Ó, realizador de "Florbela" o sucesso de bilheteira de 2012, falou de "Florbela, Apeles e Eu", uma sequência do argumento do filme, melhor como esclareceu o realizador, "este é o primeiro argumento que escrevi para Florbela e que teria dado cerca de cinco horas de filme."

Vicente foi despindo a alma, falando do desânimo que o invadiu com a negação de apoio económico à sua primeira longa metragem, "Quinze pontos na alma", facto que o levou a regressar à sua Sines amada, ao seu Alentejo querido.

E segundo o artista ( palavra que odeia) foi esse desânimo que o fez encontrar, perceber e amar Florbela.
Leu tudo o que havia sobre a poeta, porque também ele tinha de eliminar o preconceito enraizado na cultura portuguesa sobre Florbela Espanca.

Conhecer Florbela, os seus estados de alma e sobretudo a sua capacidade de recuperação da dor provocada pela morte do irmão Apeles, entregando-se a uma produção literária verdadeiramente surpreendente, sendo desse período, três anos antes da sua morte, os mais belos poemas de amor, dor, morte, foi a essa tarefa que Vicente Alves do Ó. Em boa hora o fez.

O resultado imediato foi o filme " Florbela". Agora, este livro que Vicente afirma ser um deambular pela mente dos personagens que vivem com ele e sobretudo nele.

E prometeu: estou a pensar fazer o filme que tinha imaginado no início. Ficamos a aguardar


Fotos de João de Sousa/Jornal Hardmusica @

Publicado em 31 Julho 2014

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