Frutos Proibidos - Crítica em Os Livros Nossos

Frutos Proibidos, de Sylvia Day, revelou-se uma agradável surpresa, constituindo um romance erótico, mas que alia o erotismo bastante vincado a uma interessante componente paranormal, que mais ainda enriquece a narrativa.
 
A acção principal decorre na época contemporânea, nos Estados Unidos, e o grande cunho de originalidade da obra foi a criação de dois mundos paralelos entre si, e cuja comunicação vai trazer um sem número de peripécias a serem vivenciadas pelos nossos protagonistas.
 
O nosso herói é o atraente Aidan Cross, um Guardião de Sonhos, habitante de um plano espacial alternativo denominado Crepúsculo, cuja missão principal é proteger os sonhadores que habitam o mundo real, dos perigos que estes correm ao sonhar, o que gera uma ligação perigosa ao crepúsculo.
 
A personagem central feminina é a frágil, bela e sensível Lissa Bates, uma médica veterinária que, acreditando padecer de uma misteriosa doença que lhe retira a força anímica, é afinal uma mulher muito especial, com uma insuspeita e fortíssima ligação ao mundo de Aidan.
 
Ambos irão cruzar-se, e esta ligação promete elevar a temperatura a um nível deveras escaldante. Sendo bastante explícitas as descrições de envolvimento sexual entre os protagonistas, mas sem que a química, e o envolvimento emocional profundo entre ambos fiquem arredados da narrativa.
 
As personagens mostram-se bastante densas, com personalidades bem vincadas, e Cross revela-se um homem com imensa força de carácter, lutando por aquilo em que acredita, e espantando-se a si mesmo, ao cair nas malhas do amor, ao qual, até se cruzar com Lissa, acreditava ser imune.
 
Lissa, ao entrar em contacto com um mundo alternativo, completamente inacreditável, encontra finalmente a explicação para inúmeros factos incompreensíveis da sua história de vida, e irá ainda encontrar o amor da sua vida, resta apenas a dúvida sobre se será viável que ambos fiquem juntos para a vida.
 
  O toque de originalidade da trama constitui na criação de um mundo alternativo, no qual os Guardiões acedem ao inconsciente dos Sonhadores (humanos), tentando impedir que os pesadelos vençam, já que estes adversários bastante poderosos e mortíferos, se alimentam das emoções negativas que povoam os sonhos e o inconsciente humano.
 
  A descrição do inconsciente humano, acedido através do estado onírico, das correntes de energia onírica provenientes dos sonhos e de toda uma sociedade paralela fortemente hierarquizada, cuja existência gira à volta da forma como podem ser geridos os sonhos humanos, é, sem dúvida, um detalhe bastante original e engenhoso que Sylvia Day conseguiu, com sucesso, trazer para a sua narrativa, num excelente complemento do erotismo que é bastante presente a cada momento da trama.
 
  Acreditamos tratar-se de um livro que, facilmente, encantará os leitores que gostem de um cunho original que a afaste do cliché tão fácil num romance erótico, e cuja leitura pode ser especialmente apelativa para quem esteja familiarizado com as doutrinas acerca da interpretação dos sonhos, de que podemos citar como exemplo, a obra de Sigmund Freud.
 
Em suma, uma série erótica que iremos acompanhar atentamente e que se pauta pela originalidade.
 
Classificação GoodReads atribuída: 4 em 5 estrelas
Publicado em 4 Fevereiro 2014

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