O Grande Conspirador - Crítica no Flames

Este livro é a sequela do best seller "A conspiração de papel" (de que já falei num post anterior). Aqui vamos continuar a seguir as aventuras de Benjamin Weaver, espadachim exímio, ex-boxeur e actual caça ladrões. Encontramo-lo, logo no início no livro, no momento em que acaba de ser condenado por um crime que, há partida, não cometeu.
Se leu "A conspiração de papel" há algum tempo não se preocupe pois o autor vai enquadrando a história, não só tendo em conta o livro anterior, mas também faz um trabalho brilhante ao enquadrar o livro em termos politicos e sociais. 
A meu ver esta obra é mais cuidadosa nessa vertente histórica o que o torna num livro ainda mais didáctico, sem a vertente maçuda que caracteriza alguns dos romances deste género.
Tudo isto é acompanhado pelo humor que caracteriza as obras do autor e que, a meu ver, está ainda melhor conseguido aqui. De facto, já tinha afirmado que "A conspiração de papel" era o romance histórico mais divertido que já li, mas agora deparo-me com a necessidade de ter de discordar de mim própria pois este segundo volume, nesse aspecto, é ainda mais genial. Dei sonoras gargalhadas com algumas passagens do livro, quase sempre associadas a Elias (a minha personagem favorita). Para além dele ser super divertido, é mulherengo, só pensa em dinheiro e comida boa e passa a vida a tentar convencer o amigo que este deve submeter-se a uma sangria (pratica médica muito utilizada na altura). Quando Elias aparece, o humor é garantido. Todos devíamos ter um Elias na nossa vida.
Apesar de "A Conspiração de Papel" e "O grande conspirador" serem memórias relatadas na primeira pessoa pela personagem principal (Benjamin Weaver), neste segundo livro o leitor sente-se um verdadeiro confidente das mágos do nosso herói. De facto, Benjamin conversa muito connosco e confidencia-nos sentimentos, revoltas e mágoas tendo o cuidado de nos ir colocando a par sobre as suas actividades anteriores (para o leitor mais esquecido ou para aquele leitor que não queira ou não possa ler o primeiro volume). E assim, a leitura torna-se fluída e simples, interessante e repleta de intriga e mistério.
 
Traições, aventuras, violência, tramas e intrigas não faltam neste livro, tudo regado com muita cerveja e vinho (por vezes de péssima qualidade), passado em prisões, clubes privados, ruas pobres e sujas de Londres... Um livro que aborda questões políticas oitocentistas e que, estranhamente, me soam bastante actuais..!
 
Resta-me esperar que as aventuras de Weaver não terminem aqui...
Publicado em 12 Novembro 2013

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