O Inimigo de Deus - Crítica no blogue Páginas Desfolhadas
Confesso-me, desde já, extremamente parcial na minha opinião sobre este livro. Gosto de ir falando do bom e do mau de cada livro, manter-me comedido e equilibrado entre os dois lados. Acho que fiz isso no primeiro volume, agora só me resta descarregar elogios. Faltando ainda o último volume para saber o valor da trilogia completa, já estou imiscuído o suficiente para saber que o restante será o coroar dourado desta série (e de Artur, talvez...).
A Bretanha parece ter acalmado um pouco, finalmente. Nem eu nem os habitantes acreditámos que durasse muito tempo, portanto, não se preocupem que a animação das sangrias habituais está para chegar. E mesmo com bandeiras brancas hasteadas, continua a batalha curiosa entre paganismo e cristianismo. Desculpem-me o sacrilégio, mas dei por mim a torcer pelos pagãos. Afinal, acho que ninguém quer que a magia seja expulsa da ilha!
A história deste volume roda entre esses e outros tópicos: batalhas políticas, casamentos de conveniência (e não imaginam a que extremos estas uniões matrimoniais podem chegar), argumentações religiosas, romance, traições...
Podem perguntar se não terá já sido tudo dito, escrito e filmado sobre Artur, Merlim, Guinevere e Lancelote. Em que é que esta trilogia é diferente? O autor faz um esforço, nas suas notas, de nos explicar porque é que as coisas nunca poderiam ter-se passado assim. Mas é difícil levá-lo a sério, depois de nos ter contado uma história credível, deslumbrante, emocionante... Não, eu acredito no Artur de Cornwell.