O Mago - A Filha do Império - Crítica no blogue O Sofá dos Livro

“A Filha do Império” é o primeiro volume da Saga do Império da colecção do Império “O Mago”. O mundo que Raymond E. Feist criou é complexo e cheio de jogos políticos e de honra. A história inicialmente tem uma evolução lenta, mas acaba por agarrar o leitor, que quer descobrir qual é afinal o plano de Mara para salvar os Acoma e vingar a morte do seu pai e irmão.
Mara é tomada como uma rapariga tola e que não tem capacidade de liderança. Os outros senhores de Kelewan menosprezam-na e tomam-na por ignorante. Ela desempenha bem o papel para os enganar. Nos momentos em que ela está só podemos verificar que ela tem um plano muito bem preparado para garantir a sua sobrevivência e a do seu povo. Ela é pouco ortodoxa nas suas decisões e consegue aprender muito bem a jogar com os poderosos.
Existem imensas personagens de relevo neste livro e que merecem toda a nossa atenção porque há sempre algo de novo a aprender sobre elas. Gostei bastante da ama Nacoya. Esta assume muitas vezes a posição de mãe e conselheira de Mara e revela-se indispensável em momentos chave da acção.
Inicialmente tive dificuldade em entrar neste mundo estranho, muito em parte devido a nunca ter lido os restantes livros desta colecção e que pertencem a outras sagas. Depois de entender um pouco melhor este mundo tornou-se mais fácil de entender as personagens e a história. Acabei por me ver agarrada na história e a tentar entender o que iria acontecer de seguida.
Raymond E. Feist consegue levar-nos a um mundo onde tudo é exótico e novo, tornando-o credível como é o caso dos Cho-Ja que me fazem lembrar uma colmeia de abelhas, com a sua rainha, os seus guerreiros e os seus obreiros. Senti-me a passear por aqueles prados e caminhos tortuosos como se lá estivesse. E respirar aquele ar puro. O meu coração saltou em certas passagens em que eu pensava, e pronto é agora o fim. Também conseguiu criar, por vezes, uma atmosfera de sensualidade e erotismo que nos prende e nos deixa a sorrir, e momentos em que vemos até que ponto a sedução pode ser utilizada como arma por uma mulher e levar um homem à ruína.

As prendas começaram a chegar no dia seguinte. A primeira foi um pássaro raro que cantava uma canção perturbadora, e que trazia um bilhete com poesia de péssima qualidade.

É um livro surpreendente e que me levou a entender todo o sucesso que este autor tem tido.
Publicado em 26 Julho 2013

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