O Vale do Silêncio - Crítica no blogue Morrighan

Depois do início em A Cruz de Morrigan, onde conhecemos o mundo em questão, e da continuação em O Baile dos Deuses, onde testemunhamos toda a preparação para a batalhar final, temos finalmente o derradeiro desfecho da história do círculo em O Vale do Silêncio. Sem dúvida uma trilogia que de livro para livro ficou cada vez melhor.

Neste último volume da Trilogia do Circulo, temos a história de Moira e Cian.
Moira está destinada a ser a rainha de Geall. Mais do que nunca ela sente isso e quando chega a altura de puxar a espada dos deuses da pedra, uma nova energia apodera-se dela tornando-a um exemplo para os eu povo e ainda mais temível aos olhos de Lilith. No entanto, a sua força não advém apenas de toda a magia que a rodeia, mas também de o inesperado, porém inevitável, amor por Cian.

Cian é um não-morto, um vampiro. Durante demasiado tempo só conheceu as trevas e a escuridão. Foi abandonado depois de criado e dependeu sempre apenas de si próprio para conseguir sobreviver. Depois de Lilith lhe ter matado o melhor amigo que alguma vez teve, King (que nos foi apresentado no primeiro livro), Cian jurou que seria ele próprio a matar Lilith. Após ter aceite fazer parte do círculo, rapidamente as suas razões para se vingar aumentaram. Moira, com o tempo, tornou-se a sua Luz. Sem ele se aperceber bem quando ou como, Moira, a rainha guerreira, tornou-se a fonte de esperança naquela batalha.

A história de amor destes dois é deveras comovente. Transmite emoções bastante fortes como a paixão, o desespero por a morte estar próxima e não haver tempo suficiente para se amarem, a tristeza por nunca poderem ter uma vida em conjunto e muito mais. São duas personagens de personalidades fortes, que fazem o que tem de ser feito mesmo que isso lhes cause o maior sofrimento.

A batalha final acaba por ser um pouco daquilo que estávamos à espera. Caos, morte, sacrifício, mas ao mesmo tempo uma força e convicções inabaláveis de que é possível vencer a escuridão com a luz que une o círculo.

Tenho de confessar que a escritora Nora Roberts conseguiu surpreender-me pela positiva. O início deixou-me na expectativa, o livro anterior aguçou-me a curiosidade e este encheu-me de adrenalina e emoções. Penso que quando um autor consegue provocar isto num leitor, é bom sinal. Os seus livros normalmente não me despertam muito a curiosidade, mas sinto-me obrigada a aconselhar esta trilogia a quem gosta de um bom romance recheado de magia. Gostei.

Publicado em 10 Setembro 2012

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