"Os Três" - Medo de voar versus Necessidade de ler


(1ª parte)

O Horror explicado aos adultos

Porque lemos Horror? Tenho a certeza de haver muitas razões, mas eu dir-vos-ei porque eu leio. Muito poucos géneros me dão aquela carga de adrenalina – eu adoro aquela sensação crescente de medo que o suspense vai construindo, o som do meu coração a bater violentamente nos meus ouvidos, aquele arrepio incisivo que percorre cada vértebra. Eu adoro e gozo tudo isso num romance thriller/horror, e muitas vezes procuro deliberadamente um bom susto.

 

Medo de voar: necessidade de ler

Foi isso que me conduziu a ler Os Três. Para perceberem melhor, terão que saber que há anos que luto contra o meu medo de voar. Consigo entrar num avião, mas não sem uma forte carga de ansiedade. Ouvir ou ver notícias sobre acidentes e quedas de aviões deixa-me em pânico e com um medo visceral.

E bem, sabem o que se costuma dizer, que o medo e o fascínio andam de mãos dadas? Pois. Assim que li a sinopse deste livro, soube logo que TINHA de lê-lo.

 

Um cheirinho da história

Os Três é sobre quatro quedas de avião que mudam o mundo. Todas aconteceram com poucas horas de intervalo entre si, em quatro diferentes continentes. O terrorismo e os fatores ambientais foram logo deixados de parte das prováveis causas dos desastres. Em três dos quatro incidentes catastróficos, apenas uma criança é sobrevivente no meio dos escombros. Depois destas notícias, o mundo debate-se com a tragédia e como poderia ter sido possível. Não deveria ser possível. Ninguém deveria ter sobrevivido. As pessoas chamam Os Três de um milagre, enquanto outros elaboram teorias da conspiração. Alguns fanáticos religiosos adivinham o Fim do Mundo, bradando que as crianças representam três dos quatro Cavaleiros do Apocalipse. Relatórios de que o comportamento das crianças é cada vez mais bizarro e perturbador não ajudam, nem os rumores das estranhas coisas que acontecem em redor delas.


Perguntas q.b.

Ah, mas não é apenas sobre desastres de avião. Também há crianças assustadoras! É como se este livro fosse especialmente designado para mexer comigo! E já sei o que estão a pensar, porque eu também pensei o mesmo: “Três crianças? Espera, então e o quarto desastre de avião?” Essa foi apenas uma das muitas perguntas que surgiram enquanto lia a sinopse do livro, dando-me ânsias e arrepios só em especular o que poderia ser. É também por isso que adoro a capa da edição britânica no livro, assim que olhei mais detalhadamente para ela [é a mesma capa da edição portuguesa].


Artigo de M. Mogsy, uma leitora de horror do blogue Bibliosanctum

(2ªparte)

Publicado em 7 Outubro 2014

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