Ponte de Sonhos - Crítica no blogue Crónica de uma Leitora

Com a trilogia “Jóias Negras”, Anne Bishop tornou-se uma das melhores escritoras de fantasia que alguma vez li.
 
“Ponte de Sonhos” começa onde Belladonna acaba. Em que Lee esta a tentar lidar com o retorno de Belladonna, que não lhe parece ser a mesma pessoa de antes.
Lee vai sacrificar a sua vida para a poder salvar, porque para ele, Belladonna é tudo o que tem na vida, a sua irmã, que tanto a ama. E por isso mesmo, o professor e construtor acaba internado no Asilo na cidade de Visão, afastado do seu mundo conhecido. Sobre o controle dos magos que o torturam, é levado para um Asilo onde ficará aos cuidados de Danyal. Este é um dos Xamãs, que se interessa pelos “delírios” de Lee, e pelos seus próprios sonhos. Com a ajuda de Zhahar, o corpo e a mente de Lee ficam mais ou menos restabelecidos e as suas palavras começam a ter algum sentido.
Lee, Danyal e Zhahar juntam-se para descobrir que ameaça é que devora a cidade, sendo obrigados a verem-se a si mesmo como ninguém vê e descobrirem-se.
 
Foi interessante ter Lee como uma das personagens principais, ele é forte e poderoso no mundo e vai descobrir que é mais do que pensava, e foi capaz de me prender até a ultima página.
A introdução do Danyal foi interessante também, mas foi Zhahar que achei fascinante por tudo o que irá representar sozinha e em conjunto com Lee e Danyal.
Fiquei contente por rever algumas personagens do conto A Voz, que apesar de não serem muito directas chama quem ainda não o leu, à sua leitura e por um outro lado “informa” que não é uma história esquecida e que poderemos saber o que aconteceu a algumas personagens.
 
Um mundo que é construído perante os desejos e os medos de cada um e onde as suas pontes levam onde o coração quer e não onde a razão deseja.
 
Efémera foi um mundo diferente e que inicialmente não me tinha cativado, provavelmente pela sua leitura após a trilogia das Jóias Negras. No entanto após ter dado um “intervalo” generoso, consegui entrar na beleza deste mundo, numa nova maneira de o ver, cheio de novos conceitos e de espécies que são de certa forma próprios de Anne Bishop, único, rico e exuberante e obviamente repleto de surpresas.
Algo que no meu ver falhou, foi o final que me pareceu ser apressado e deixou algumas perguntas no ar, o que não seria de esperar do final de uma trilogia.
Publicado em 24 Julho 2013

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