Presa e Predador - Crítica em O Sofá dos Livros

O que me saltou à vista neste livro foi a capa, simples traduz um ar desolado e o facto das duas pessoas não olharem directamente para a camara e as suas expressões revelam que escondem algo. Um mistério que nos apetece logo ali desvendar. A criança que está na imagem parece um pouco nova para ser a personagem principal, mas de acordo com a descrição inicial que ela faz de si não se deve afastar muito porque a imaginei pequena e magra, com ar de criança.
Este livro tira-nos o tapete de baixo dos pés e nos deixa KOs quando lemos. A história é-nos contada na primeira pessoa pela Shelley e o autor conseguiu transmitir com exactidão os sentimentos dela e provoca no leitor sensações intensas e nos faz pensar em muitos problemas da sociedade, como é o caso do Builling e como, finalmente, as pessoas se começaram a consciencializar desta situações e como esta afecta uma criança, as cicatrizes que deixa.
A intensidade do livro se deve à sua curta extensão e ao ritmo acelerado que o autor impõe ao leitor, com momentos de acção uns seguidos aos outros sem nos deixar descansar das emoções fortes.
A meio do livro acontece uma reviravolta que nos surpreende, se inicialmente temos pena de Shelley, passamos rapidamente para a incredulidade e depois para a raiva e finalmente para o orgulho. É um livro que nos deixa marcas e muda a forma como nos encaramos e os outros que nos rodeiam.
Publicado em 8 Outubro 2013

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