Quando Estou Contigo - Crítica no blogue Morrighan
Porque És Minha foi a minha obra de estreia com Beth Kery e agora segiu-se Quando Estou Contigo. Este último vem um pouco no seguimento do anterior apesar de poder ser lido de forma completamente independente. Temos mais um casal como protagonista com todas as suas lutas interiores que se refletem nos seus comportamentos e relacionamentos.
Lucien Lenault tem um passado atribulado com uma família complicada. A muito custo e com algumas jogadas misteriosas, vai conquistando o seu espaço e posição no mundo. Quando numa noite decide regressar a um dos seus restaurantes e se depara com Elise, que é parte do seu passado que o marcou de alguma maneira, não quer acreditar no que os seus olhos vêem.
A história dos dois, à semelhança do casal de Porque És Minha, volta a centrar-se muito no quanto cada um quer dominar ou ser dominado pelo outro. A sexualidade e um erotismo mais cru estão bastante presentes havendo pouco desenvolvimento romântico no seu sentido mais puro. O fio condutor da trama ganha uma nova vida quando finalmente começamos a perceber a forma como os personagens dos dois livros estão ligados e as motivações para algumas acções de Lucien.
A autora presenteia-nos novamente com uma escrita corrida e fluída, muito erótica, com cenários diversos e originais em relação à obra anterior, e suficientemente interessante para termos curiosidade em saber como Lucien e Elisa irão acabar (apesar de ser bastante previsível). Adorei rever Francesca e Ian (do livro anterior). Penso que a presença regular destes personagens trouxe o seu quê, descentralizando um pouco a obsessão dos protagonistas. Não foi uma leitura que me fizesse ficar completamente pregada às folhas, mas que ainda assim se leu bem.