Revelada - Crítica no blogue As Leituras do Corvo

Apesar do último confronto e de todas as mudanças que ocorreram na Casa da Noite, Neferet está longe de derrotada. Oculta nas sombras, revive o passado e recupera forças. E, quando regressar, estará mais forte que nunca. Cabe, por isso, a Zoey e ao seu grupo encontrar uma forma de impedir os seus planos, sejam eles quais forem. Mas também no seio da Casa da Noite há conflitos e a intervenção de Neferet colocou em causa a relação com os humanos. E há ainda um conflito interno mais grave, já que Zoey tem também uma batalha a travar consigo própria.
Décimo primeiro volume da série Casa da Noite, não há muito a dizer sobre este livro que não tenha sido, de alguma forma, referido relativamente aos anteriores. As características são, essencialmente, as mesmas, quer a nível de escrita, quer de desenvolvimento do enredo e das personagens. E, por isso mesmo, e apesar de algumas mudanças de rumo interessantes, também os pontos fortes e os pontos fracos seguem na mesma linha.
Começando pelos pontos fortes, mantém-se o mesmo estilo de escrita simples, mas cativante, que, sem grandes elaborações descritivas ou de linguagens, se centra na narração do enredo, o que dá à história um ritmo envolvente. Mantêm-se também os diálogos algo adolescentes de algumas personagens, mas de uma forma mais moderada, talvez devido às circunstâncias mais sombrias. O resultado disto é uma certa leveza, sempre presente, mesmo nos momentos mais negros e que cria um agradável contraste relativamente a esse lado sombrio.
Outro ponto interessante é a capacidade de redenção de algumas personagens, que, não sendo propriamente inesperada, proporciona vários bons momentos. Além disso, há um elemento novo neste livro. Ao percorrer partes do passado de Neferet, a sua faceta de vilã é colocada sob uma nova perspectiva, o que abre caminho a algumas possibilidades interessantes quanto ao que virá no volume final.
Quanto a Zoey e companhia, cativa, ainda, o equilíbrio entre os aspectos que unem o grupo e as diferenças que distanciam os seus elementos, bem como algumas ligações parecem mudar. Além disso, há um mistério em torno de Zoey, ou de uma visão a ela associada, que, mais uma vez, sem ser completamente surpreendente, cria algumas situações de tensão e contribui em muito para o impacto do final.
Ainda falando de Zoey, mas num aspecto menos conseguido, retoma-se neste volume a questão dos possíveis múltiplos namorados. Felizmente, não é algo que surja com tanto destaque como nos primeiros volumes, mas acaba, ainda assim, por parecer um pouco forçado, principalmente atendendo ao que se vive na Casa da Noite.
Trata-se, portanto, de um livro que mantém as mesmas características dos restantes volumes da série. E que, por isso, não sendo particularmente surpreendente, continua a proporcionar uma leitura agradável e cativante, tal como os anteriores.
Publicado em 23 Abril 2014

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