Sangue Final - Crítica em Leitura Não Ocupa Espaço

"Sangue Final" é o o último volume da bem aclamada saga paranormal que deu origem à série televisiva, "True Blood/ Sangue Fresco".
Além de ser um grande sucesso no pequeno ecrã, é-o também no mundo literário, mantendo os seus fãs fieis desde o primeiro livro.
Eis que chega o derradeiro momento, pelo qual todos esperávamos... a escolha amorosa da nossa protagonista,Sookie Stackhouse.
Como sempre, a vida da jovem loira está virada ao contrário.
Eric
está de casamento marcado, e malas feitas para Oklahoma, onde assumirá um cargo de grande poder com Freyda, a sua futura esposa. Depois da sua má reacção ao uso que Sookie deu ao seu cluviel dor (ressuscitouSam, que fora mortalmente atingido pela sua namorada da altura), deixando a telepata sem saber a situação da relação que os unia.

Entretanto, Sam está muito estranho, e Sookie não sabe o que fazer com o seu sócio.  Além de toda a confusão amorosa, ex-amantes voltam a entrar em cena, tais como Bill, Quinn e até Alcide, todos em defesa de Sookie, que é injustamente acusada do homicídio de Arlene. Para não variar, a vida da nossa protagonista não tem um momento calmo... quem diria que uma cidade do sul, como Bon Temps conseguiria ser tão "colorida"!
Charlaine Harris leva-nos uma última vez a Bon Temps, onde ficamos a conhecer o desfecho das personagens que vimos a acompanhar há vários anos. Sookie tem o seu "happy ending", mais do que merecido e sofrido! A telepata de origem fae não tem um minuto de sossego desde o primeiro livro.
Após anos de espera, Sookie tem, finalmente, o final que lhe é mais adequado (lamento, mas sou Team Eric Northman, e embora concorde com o final que é dado à empregada de mesa, pois é o que a personagem sempre quis, não deixo de querer que o vampiro viquingue fosse parte activa!). 

Ao longo dos treze livros da série, Sookie passou por várias fases, umas melhores que outras, atingindo um pico agradável a partir do décimo livro "Segredos de Sangue", onde o amadurecimento da personagem é notório, sendo parte da estratégia bem montada por parte da autora que ajuda a deslindar o final de Sookie.
Depois temos Eric... Másculo, apaixonado (se uma forma muito própria, como sempre!) e ausente. A passagem de Quinn fora rápida, mas já tinha saudades do metamorfo! Bill continua, na minha opinião, a ser uma personagem descartável e de pouco relevo. Teve o seu uso nos primeiros livros da série, mas assim que a protagonista "ganhou asas", Bill deixou de ter um propósito, passando a pouco mais que um adereço na acção. Sam, com a sua personalidade calma e serena (por vezes até demais!), sempre me agradou, obtendo o seu justo desfecho!
A autora sempre primou pela linguagem descomplicada, descontraída e bastante acessível, registo esse que não se altera no derradeiro e último volume. Acção, romance e suspense são os três elementos identificativos desta série, mantendo-se em doses q.b. em todos os livros, e ultrapassando-se em "Sangue Final".
Bon Temps e os seus habitantes vão deixar muitas saudades, mas tudo que é bom tem um fim, e "Sangue Fresco" não é excepção.

Foi um prazer acompanhar Charlaine Harris nesta aventura pelo romance paranormal.

Publicado em 8 Outubro 2013

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