Tigana - A Lâmina na Alma - Crítica no Leituras do Fiacha

Numa altura que a coleção BANG! faz dez anos (parabéns), curioso ver finalmente este livro ser publicado, com a divulgação que o autor merece, apesar de acreditar que não deva ter sido barato. Mas como se comprova é sempre possível, e por isso leiam os artigos existentes na Revista BANG! nº15 e ai poderão constatar a qualidade do escritor / livro. Só passa ao lado deste grande livro quem não está atento.
Quanto mais livros leio deste autor, mais se confirma o porquê de estar no topo dos meus favoritos e mesmo que não o conhecesse, bastava-me ler este livro para ver que está acima da média de muito do que se publica actualmente no nosso país. 
Uma das coisas que mais gosto na obra de Guy Gavriel Kay é que os seus livros se baseiam em factos históricos, fruto de um resultado de muita investigação feita pelo autor, como por exemplo aconteceu no livro Os Leões de Al Rassan (ainda o meu preferido), onde a base do enredo se centra na ocupação Árabe na Península Ibérica.
Neste livro o universo é passado numa espécie de Veneza Renascentista, onde é acrescentado Politica, Religião e Magia. Temos ainda de um lado Vilões e do outro, claro, os nossos heróis, tudo isto parece cliché, mas o escritor tem muito mais para oferecer.
Outras das coisas que mais gosto no escritor são as personagens, quer as principais que são bem construídas, marcantes e complexas (quem não se recorda ainda de Rodrigo e Ammar) quer as secundárias que são bem aprofundadas e cativantes. A utilização de elementos fantásticos é bem feita, funcionando como uma mais valia. 
Não querendo estar a revelar muito mais do que a sinopse já revela, a história é-nos apresentada pelos olhos de um jovem bardo, Davin D'Asoli, que ao presenciar um acontecimento, este muda a sua vida por completo. É das personagens mais cativantes do livro e que nos dá a conhecer o ponto de vista dos nossos amigos revolucionários. Por outro lado, vamos conhecendo o nosso vilão através de Dianora uma personagem que foi, em jovem, capturada eplos mercenários do Rei Brandim tornando-se sua amante, é igualmente uma grande personagem, cheia de segredos e que mostra que as mulheres terão um papel bastante relevante neste universo.
Neste primeiro livro o ritmo não foi tão elevado, o que considero normal, pois o universo foi-nos apresentado, dando-nos a conhecer as personagens que são devidamente aprofundadas. Mas não quer isto dizer que não tenha já grandes momentos, tem sim senhor e estou super curioso por continuar a ler, até porque acredito que passando esta fase de descrição (nunca aborrecida, pelo contrário) o enredo vai levar uma grande volta e grandes acontecimentos.


Mais do que recomendado, de leitura obrigatória.

Publicado em 19 Novembro 2013

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