FAQs Editoriais

Porque é que os preços em Portugal são tão caros? Compro edições inglesas por menos de metade!

Comparam-se por vezes os preços das traduções portuguesas com os originais estrangeiros, dizendo que é inaceitável, por exemplo, pagar 16 Euros por um livro cujo original, lá fora, custa apenas 9 Euros. Na verdade, mesmo com um PVP tão superior, uma editora portuguesa ganha muito menos por exemplar do que a editora original. Isto tem a ver com economias de escala em que as nossas tiragens diminutas e custos elevados de produção esmagam ou até anulam a margem de lucro. A SDE também pode vender todas as suas novidades a 9 Euros. Para isso só precisa de imprimir 50.000 exemplares de cada livro e garantir vendas de 30.000. Infelizmente a tiragem média em Portugal é de 2.000 exemplares e as vendas raramente chegam aos 1.000. Na literatura fantástica, com raríssimas exceções, ainda são mais baixas.

Porque dividem os livros grandes? É para nos pouparem as dores nas costas?

A saúde dos nossos leitores é sempre importante. Mas a divisão tem outra razão: se não dividirmos, o projeto é comercialmente inviável e não pode avançar. Lembrem-se que o próprio George R.R. Martin, quando foi publicado pela primeira vez em Portugal em 2007, estava longe de ser o fenómeno que é hoje e foi um tremendo risco para a SdE apostar nele. Se não tivéssemos dividido os seus imensos volumes teríamos perdido dinheiro com todos os livros até a série da HBO ter catapultado as vendas. Outros autores cujas obras dividimos são autores que amamos, de uma qualidade indiscutível, mas que vendem pouco e, se não forem divididos, NÃO podem ser publicados. É o caso de Dan Simmons, Robin Hobb e Guy Gavriel Kay. Seria melhor pura e simplesmente não os publicar? Duvido que essa fosse a melhor opção. Acreditem: não dividimos os livros de forma leviana ou para ganhar mais. O objetivo é não perder. E garantir no nosso catálogo os MELHORES nomes do fantástico.

Porque não acabam todas as séries que começam?

Todas as editoras interrompem séries. Quando não há fãs suficientes para manter uma série em pé, por melhor e mais fascinante que ela seja, a única solução é interrompe-la. Caso contrário é o descalabro financeiro. Todas as editoras que publicam fantasia, onde imperam séries com muitos volumes, correm o risco de as abandonar a meio. Felizmente algumas das que estão paradas (Patricia Briggs ou Kim Harrison) têm volumes autónomos e a ação não foi interrompida num cliffhager. Outras estiveram paradas mas voltaram a arrancar  (Sherrilyn Kenyon). Se os livros tiverem procura e o mercado permitir, não duvidem, somos os principais interessados em recuperar as séries.

Porque anunciaram uma data de publicação e depois a adiam?

Há uma boa razão para praticamente nenhuma editora adiantar datas de publicação: a facilidade com que um agente, tradutor, revisor, paginador, designer, editor, impressor ou comercial se atrasa a entregar o seu trabalho… e lá se falha uma data. E depois os fãs cobram. A solução mais inteligente é não adiantar datas. Mas preferimos continuar a fazê-lo porque achamos que é importante para os nossos leitores, mesmo correndo o risco de se zangarem connosco quando algo inesperado acontece. Prometemos, no entanto, fazer todos os esforços para respeitar as datas que anunciamos.

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