Orgulho Asteca - Vol. 1
Gary Jennings
Sinopse
Este é considerado pela crítica mundial, como o melhor romance histórico sobre a desaparecida civilização Asteca e um dos melhores romances históricos do Séc.XX. Gary Jennings, mudou-se para o México e durante 12 anos investigou e viveu apenas para a sua criação: o Asteca, deixando-nos uma obra inesquecível. Gary era famoso por ser um dos escritores mais rigoros e com mais trabalho de pesquisa por trás dos seus romances. Em 1530, depois de quase extinguir o povo Asteca pelas mãos de Hernán Cortés, o Imperador Carlos, Rei de Espanha, pede ao bispo do México que lhe faculte informação acerca da vida e dos costumes do povo Asteca. O bispo, frei Juan de Zumárraga, decide redigir um documento, baseado no testemunho de um ancião. Um homem humilde e submisso que vai chocar a moralidade e os preconceitos do mundo civilizado. O seu nome é Mixtli - Nuvem Obscura. Mixtli, um dos mais robustos e memoráveis astecas, relata com detalhe toda uma vida: a sua infância, a mentalidade e os costumes do seu povo, o sexo e a religião, a sua formação e os seus amores, sempre tormentosos e trágicos. Esta é a sua empolgante e maravilhosa história, que representa o choque entre civilizações com formas inconciliáveis de ver o Mundo. A História de Mixtli é, em grande parte, a história do próprio povo Asteca: épica e de uma dignidade heróica. Este é o princípio e o fim de uma colossal civilização. Em 1530, depois de Hernán Cortés quase extinguir o povo Asteca, o Rei de Espanha, ordena ao bispo do México que lhe faculte informação acerca dos costumes do povo Asteca. O bispo, frei Juan de Zumárraga, redige um documento baseado no testemunho de um ancião. Um homem humilde e submisso que vai chocar a moralidade e os preconceitos do mundo civilizado. O nome dele é Mixtli - Nuvem Obscura. Após Orgulho Asteca, Mixtli, o mais robusto e memorável de todos os Astecas, continua o relato da sua vida em Sangue Asteca. Mixtli já não é um jovem inocente. A sua infância, as suas viagens e batalhas, a perversidade da corte e os amores perdidos fizeram de Mixtli um homem marcado pelas cicatrizes de uma vida atribulada e muitas vezes trágica. O realismo e o desfecho desta maravilhoso livro, contam uma história que o leitor jamais irá esquecer. A História de Mixtli é em grande parte a história do próprio povo Asteca: épica e de uma dignidade heróica. Este é o princípio e o fim de uma colossal civilização.
A minuciosidade da escrita de Jennings transporta-nos para os locais que descreve, criando cenários possantes - locais onde ocorreram as mais grotescas atrocidades, aqui descritas de forma bastante gráfica e explícita.
A violência associada aos rituais de sacrifício, realizados com o objetivo de aplacar os deuses, pode tornar a leitura ligeiramente desagradável, dependendo da suscetibilidade do leitor. Segundo a crença dos astecas, o sol morreria se não fosse alimentado com sangue humano, e o mundo acabaria por ser destruído. Para impedir que tal acontecesse eram realizadas batalhas rituais em dias específicos apenas para capturar soldados que seria depois obrigados a subir os degraus da Pirâmide Maior, executar danças cerimoniais enquanto vestidos garridamente para a ocasião, para que depois lhes fossem arrancados os corações e os seus corpos atirados escadaria abaixo. Toda esta depravação acaba por transmitir uma faceta doentia ao livro, pelo que este não é, de todo, um livro recomendado a pessoas mais impressionáveis.
Digo doentio, mas é na verdade maravilhosamente doentio. Escabroso. Bizarro. Sangrento. Mas é tudo isto que o torna vibrante. Absorvente. Cheio de ação?Épico!
Os pormenores são obviamente a riqueza maior deste livro. Especialmente por serem verdadeiros: o zoo, as batalhas, os sacrifícios, a cheia no palácio de Ahuitzotl que resultou na sua morte, os presságios de Moctezuma II?
Um romance histórico cheio de acontecimentos inesperados que nos prende a atenção do início ao fim?
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Falecido em 1999, Jennings deixou ao mundo um conjunto de obras aclamadas pela crítica, entre as quais ?Asteca? que comporta as obras, em Portugal, ?Orgulho Asteca? e ?Sangue Asteca?, dois volumes.
Fascinado pelos Astecas, Gary viveu durante 12 anos no México. Aprendeu espanhol antigo e passou todos esses anos a viajar pelas selvas mexicanas e a ler textos antigos, tanto dos Mexica (Astecas) como dos espanhóis. Assim começou a criar todo o exótico mundo asteca, dando a esta obra uma autenticidade única, pois toda ela é baseada em factos verídicos.
Publicado pela editora ?Saída de Emergência?, estes dois volumes, conforme referi acima, compõem a obra ?Aztec? e é uma das melhores obras que já li, sem dúvida a mais realista e brutal.
Em 1519 Herman Cortez chega à costa do império Mexica. Confundido com o Deus Quetzalcoatl que, diziam as tradições Mexica, regressaria vindo do mar precisamente nessa altura, faz com que os senhores dos impérios não levantem armas contra os homens barbudos. Após várias intrigas com os povos subjugados pelos poderosos Mexica, equipado por apenas alguns cavalos, poucas centenas de soldados e meia dúzia de peças de artilharia, consegue chegar à cidade estado do império, devastando-a.
Pouco tempo depois o rei de Espanha ordena ao bispo da Nueva España que lhe faculte toda a informação sobre a vida, costumes e tradições daquele exótico e estranho povo agora vassalo de Espanha. O bispo, contra sua vontade, decide convocar um ancião asteca, iniciando assim a narração das suas memórias e, claro, do modo de vida e das tradições astecas.
No primeiro livro, ?Orgulho Asteca?, seguimos o jovem Mixtli na sua vida familiar e no início da sua vida activa na sociedade Mexica. Nas suas memórias, relatadas com detalhe, ficamos a conhecer como funcionava aquela sociedade. No segundo livro, ?Sangue Asteca?, continuamos a seguir a vida de Mixtli, já adulto com uma posição, e uma sociedade que se debate então com a chegada dos deuses prometidos ou de estranhos estrangeiros. Esse capítulo marca o fim desta civilização, dando-nos então a conhecer a verdadeira história da subjugação espanhola em simultâneo que nos fornece outras histórias que nos permitem entender alguns dos mitos acerca de cidades de ouro, etc. Curioso saber, entre muitas outras curiosidades, que foram os próprios espanhóis a fazer com que o fabuloso tesouro asteca se tivesse perdido.
Bom, mas o que ele vai narrar vai chocar não só o austero bispo, como toda a sociedade ocidental.
Uma obra poderosa, portentosa e brutal que descreve os alicerces onde assentava essa civilização, o modo como viviam, como desfrutavam os prazeres da vida, da religião que lhe dava permissão para todo o tipo de prazeres?, a forma como viam os brancos e a estranheza de os mesmos serem tão arcaicos?
Guerras, incesto, assassinatos, canibalismo e rituais religiosos sangrentos marcam uma civilização cheia de preconceitos, medos e fascínio pelo sobrenatural.
Uma obra violentíssima, exótica e muito sensual. A descrição dos actos de canibalismo, assassinatos, envolvimentos sexuais e dos rituais são arrepiantes. O à vontade e a naturalidade com que Mixtli narra a sua história vai contra tudo o que é considerado convencional pelos europeus.
Um épico notável que aconselho vivamente aqueles que gostam do género histórico, diria até para quem gosta de História pura, pois este é mais que um romance, é um documento histórico sobre os Mexia, os Astecas.
Com esta obra entramos no mais íntimo daquele povo, somos transportados ao seu coração, à sua alma e vivemos o auge de uma colossal civilização.
Publicada por NLivros em 06 Setembro 2008 em: http://nlivros.blogspot.pt/2008/09/asteca-gary-jennings.html"