O Periférico
William Gibson
Sinopse
Flynne e o seu irmão Burton vivem numa América onde os empregos que não estão relacionados com o negócio da droga são raros. Burton sobrevive com os apoios concedidos aos veteranos devido a danos neurológicos que sofreu quando fazia parte de uma equipa de elite do exército. Mas o dinheiro é sempre curto e por isso Burton faz alguns biscates a testar jogos de computador.
Certo dia, Flynne aceita substituir o irmão no teste de um novo e misterioso jogo. E a sua vida nunca mais será a mesma. Não só o ambiente do jogo parece mais realista do que qualquer outro que já experimentara, como Flynne pensa ter presenciado um homicídio. E se é apenas um jogo… porque é que agora a sua vida corre risco?
Algumas décadas depois, Wilf Netherton vive numa sociedade onde os periféricos, avatares a que os utilizadores se podem ligar, são comuns. Eles permitem viagens no tempo e no espaço, e é através de um deles que Flynne chega ao futuro em busca de respostas. Quem era a vítima? Quem era o assassino? E, mais importante, porque é ela agora um alvo a abater?
A história é um verdadeiro puzzle que força o leitor a juntar as peças. Com uns primeiros capítulos a obrigar a uma segunda leitura (confusos), depois de perceber a mecânica e tomar uns apontamentos paralelos foi sempre a abrir.
O Perifério é um livro complexo: ?Primeiro estranha-se, depois entranha-se? [1]
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[1] O primeiro anúncio da Coca-Cola em Portugal, mais de 40 anos após o seu lançamento nos EUA, foi criado pelo poeta Fernando Pessoa, mas acabou por ficar apenas no papel por razões políticas.
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https://portaviii.barcelos.info/2019/12/26/o-periferico-de-william-gibson/"