Carbono Alterado

Uma mistura violenta e frenética de William Gibson, cinema japonês, policial negro e Blade Runner.

Saga / Série: Coleção: Bang

18,80  16,93 

Disponibilidade: Imediata
REF: 773078 Categorias: , ,

No século XXV é difícil morrer para sempre. Os humanos têm um stack implantado nos corpos onde a sua consciência é armazenada, podendo fazer download para um novo corpo sempre que necessário. Quando o multimilionário Laurens Bancroft contrata Takeshi Kovacs para descobrir quem assassinou o seu último corpo, o caso parece bicudo: a polícia diz que foi suicídio, Bancroft tem a certeza que não. A consciência de Kovacs, cujo último corpo acabara de ter uma morte violenta, é inserida no corpo de um polícia para investigar o caso. E, para o resolver, Kovacs terá de destruir inimigos do passado e lidar com a atracção por Kristin Ortega, a mulher que amava o corpo onde ele agora se encontra. Num mundo onde a tecnologia oferece o que a religião apenas promete, onde os interrogatórios em realidade virtual significam que se pode ser torturado até à morte e depois recomeçar de novo, e onde existe um mercado negro de corpos, Kovacs sabe que a última bala que lhe desfez o peito é apenas o começo dos seus problemas…

ISBN:
9789897730788
Editor:
Edições Saída de Emergência
Data de Lançamento:
09/02/2018
Idioma:
Português
Saga / Série:
Coleção:
Encadernação:
Capa Mole
Páginas:
448
Classificação Temática:
Ficção Científica
Dimensões:
160 x 230
Nº na Saga:
Nº de coleção:
62

Richard Morgan

Biografia

Acho que nunca me senti tão desanimado como quando na aula de Inglês do meu sexto ano abrimos David Copperfield na página um e vi o título do capítulo: «Nasci». Bem, isso explicava certamente a extensão da maldita coisa mas, convenhamos, não é um bom começo para captar a nossa atenção. Nasci em 1965 (por acaso, sem coifa) mas avancemos um bocado mais. As mais remotas recordações da minha adolescência colocam-me numa cidade-dormitório chamada Hethersett, a cerca de dez quilómetros de Norwich na estrada A11 para Londres. O distrito de Norfolk estendia-se qual uma panqueca em todas as direcções ao meu redor. Lindos pores-do-sol espalhavam-se através de céus vastos e campos infindáveis, mas não era bem aquilo a que chamaríamos de paisagem. Tive uma educação rural tranquila e um confortável percurso ascendente a nível académico graças ao sacrifício que os meus pais fizeram para que eu pudesse prosseguir os estudos. Eu era bastante solitário por natureza, enterrava-me nos livros e na música a maior parte do tempo, era violentamente alérgico a jogos de equipa e moderadamente atónito com a importância que os meus poucos amigos atribuíam a beber cerveja e a arranjar namoradas.Foram precisos cerca de cinco anos para tudo isso se alterar. Antes de completar os dezoito anos eu já tinha experimentado os vícios habituais dos teenagers locais: vodka (uma boa opção para alguém que nunca gostara do paladar das bebidas alcoólicas), droga (éramos todos tão cool naquela época!!!) e uma primeira paixão arrebatadora que estava rapidamente a descambar. Devido a isto (à paixão e não às substâncias químicas), consegui estragar por completo o meu primeiro ano no Queens´ College, Universidade de Cambridge, e resolvi reflectir seriamente no Outono do segundo ano. Ali estava eu, entre quantidades quase obscenas de privilégio e oportunidades, e estava a desperdiçar tudo.

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