Quatro anos passaram e Lala continua no mesmo sítio. Tudo mudou. Nada mudou. À beira da maioridade, Lala desfaz-se em segredos, presa a memórias mais reais que a própria vida. De dia, ela é Lala Di Ehr, estudante e herdeira, amada sobrinha, prima e amiga, filha pouco querida, mas não esquecida, a dar os passos decisivos para a idade adulta. De noite, é outra Lala, conhecida por outro nome, leal a uma causa proibida, cometendo crime atrás de crime em nome de uma conspiração contra a única Nação que conhece.
Nada muda. Tudo muda. Uma noite, aparece um clonado onde não devia. Balahúr. Como um sonho ou um pesadelo. O mesmo modelo que Bheithir, a mesma idade que Bheithir, mas o oposto a Bheithir. Perigoso e imprevisível, Balahúr oferece-se à causa secreta de Lala, ameaçando destruir o fraco controlo que lhe resta. Ao mesmo tempo, o mundo ameaça resvalar em seu redor. O Estado milenar onde nasceu, que sobreviveu a todas as tempestades, ameaça finalmente afundar com o peso de males antigos. Em breve, não haverá fuga ou esconderijo para ninguém.
Para clonados ou não-clonados. Para todos os vivos. Aproxima-se o Dia do Juízo.